Estruturas são tema de seminário no Concrete Show

Estruturas são tema de seminário no Concrete Show
11/09/2013

 O SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) promoveu a 11ª edição do Seminário Tecnologia de Estruturas. O evento ocorreu em agosto, durante o Concrete Show, em São Paulo. A Téchne apresenta as palestras que foram destaque no evento. Confira:

 

Vibrações em estruturas - A apresentação de Mário Franco e Suely Bacchereti Bueno, do escritório JKMF Engenheiros Civis, focou o tratamento de vibrações em estruturas. Entre os estudos de caso apresentados, destaque para as intervenções no 1o Subsolo do Cenu (Centro Empresarial Nações Unidas), em São Paulo. A primeira delas envolvia reclamações sobre ruídos oriundos da laje do térreo, sobre a qual havia uma passagem entre duas vias movimentadas da região: a pista local da Marginal do Pinheiros e a avenida Luís Carlos Berrini. Uma das soluções para esse caso foi a substituição por asfalto do pavimento original, em pedra miracema, que deixava a superfície de rolamento muito irregular. Também para atenuar o problema, foi criado um desvio na trajetória da passagem, tornando-a menos convidativa ao tráfego. A segunda intervenção no subsolo ocorreu com o reforço da laje para suportar o carregamento e a movimentação de cinco grupos de geradores de 1.000 kVA e 1.800 rpm. A viabilização ocorreu depois de diversas simulações computacionais da vibração provocada pela atividade dos motores, com a execução de uma sobrelaje de 12 cm e a instalação de amortecedores nas bases dos equipamentos.

 

BIM - Nelson Covas destacou os desafios ao se lidar com os softwares que trabalham com a tecnologia BIM (Building Information Modeling). De acordo com o engenheiro, algumas informações necessárias para desenvolver projetos estruturais - como cargas, armaduras e paredes - ainda não estão presentes em todos os softwares BIM. Na prática, avalia o engenheiro da TQS, o setor mais avançado no emprego da tecnologia é o de estruturas metálicas. Como se trata de um segmento industrializado, já existe ali uma evolução natural na padronização e classificação dos elementos - quesito essencial quando se pensa em trabalhar com a tecnologia BIM. Para Covas, como as estruturas de concreto armado são mais irregulares, menos padronizadas, há uma maior dificuldade de adaptar o trabalho do projetista à tecnologia. Atualmente, também se enfrentam problemas com o transporte de informações entre os programas BIM. Ele afirma ainda ser comum, nesse processo, a perda de propriedades e funcionalidades dos elementos dos projetos. Portanto, destaca Covas, o transporte automático de um modelo para o software de estrutura é de alta responsabilidade e precisa ser verificado pelo projetista.

 

Torre SP - O diretor de engenharia da WTorre Empreendimentos Imobiliários, Lucio Vitor Soares, apresentou a execução da Torre SP, concluída a partir de uma estrutura abandonada nas margens da Marginal do Pinheiros desde a década de 1990. As intervenções no esqueleto de 144 m de altura e 30 pavimentos incluíam a demolição total da estrutura acima do 25o piso para dar lugar a três novos pavimentos de escritórios. Também foram demolidas as caixas de escadas e de elevadores originais para atender às exigências da legislação municipal atual. No interior da estrutura, o núcleo central foi demolido para a execução de novas lajes. Um novo hall também foi projetado e executado para comportar 18 elevadores para usuários mais dois de emergência. Os elevadores, aliás, contam com drives regenerativos, ou seja, que produzem e acumulam energia elétrica quando sobem vazios ou descem cheios. Os vidros utilizados na fachada são de alta performance - com coeficiente de sombreamento 0,19 -, que, segundo Soares, propiciam economia de 5% a 8% no sistema de ar condicionado.

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